[Letra de "Atormentado"]
[Intro: Ikonoklasta]
Podem me mandar todos os muchochos que quiserem, têm razão
Tecnicamente eu não tenho motivo que seja p'ra ser atormentado
É até um insulto clamar-me atormentado com os gritantes termos de comparação
Quando dois terços da população mundial remam contra a corrente p'ra satisfazer as suas necessidades mais elementares
Mas eu sou a prova viva que a falta de nada não é sinônimo para a felicidade absoluta
Talvez seja um defeito de fabrico
Uma manía de sofrer pelos outros
Talvez seja uma escolha, mas pra já
É algo que eu preciso de libertar do peito
Aturem-me
[Verso 1: Ikonoklasta & Conductor]
Quantas vezes posso fazer isto sem o êxito dar a fruta ?
-Nenhuma, bateste na rocha, cale a boca, assuma
-Eh, essa foi dura, mas seja feita a sua vontade
Vou dar-lhe fuga, fica só com o instrumental
[Verso 2: Ikonoklasta]
Ei mano, desculpa, sei que 'tou a ser chunga
E se e continuas sintonizado só te pesso, não futuca
Porque é a música que me liberta da minha angústia
Padeço de vida e esta doença não tem cura
Seduzo páginas virgens p'ra engravida-las com linhas e contempla-las tomar a forma das macas que me aflingem
É egoísta, não é sempre feito com o mesmo amor
Por isso me pronuncio a favor do aborto
O exércicio de ser pai de um texto torto
É um sacrifício, por isso muitos são condenados ao monfo
E acreditem, não são poucos os arquivos gordos e densos eu tento fazer
Sou bom mas o bom não tem sempre talento
Penso ser culpado de deflorestação
Porque escrevo p'ra caralgo, só aproveito fração
Então aceito ser julgado e cilindrado
Porque só quando sou criticado é que avanço
O elogio entorpece o espírito criativo
Adormece o olho crítico, apodrece gente humilde
É um teste permanente aos teus princípios
Que convertes lentamente em compromissos
Ha, não posso mais ser assistente passivo em agonia
Dá-me náuseas, asia injusto isso e todavia
Quanto mais digo menos faço, e a mais cruel ironia
Que o egoísmo que escurraço é o mesmo que me vitima
Sou do que vê e tem lágrimas, só varia crianças em África
Mas choro em casa diante da caixa que fala
Monótona e apática, hipnotiza e extrai a alma
Por isso é que na Europa não vês gente, vês fantasmas
Aprender é lindo mas magoa
Eu quero estar sozinho, já não gosto mais de pessoas
Como posso explicar isso a quem me ame e se inporta
Cada vez mais, materializo e este é um caminho sem volta
Abro a porta, frustração, a da convicção se tranca
Por falta de coragem, de graça, de pujança
Só espero ter a fibra p'ra aguentar a purrada
E nunca me render a covardia de flertar com uma bala
[Intro: Ikonoklasta]
Podem me mandar todos os muchochos que quiserem, têm razão
Tecnicamente eu não tenho motivo que seja p'ra ser atormentado
É até um insulto clamar-me atormentado com os gritantes termos de comparação
Quando dois terços da população mundial remam contra a corrente p'ra satisfazer as suas necessidades mais elementares
Mas eu sou a prova viva que a falta de nada não é sinônimo para a felicidade absoluta
Talvez seja um defeito de fabrico
Uma manía de sofrer pelos outros
Talvez seja uma escolha, mas pra já
É algo que eu preciso de libertar do peito
Aturem-me
[Verso 1: Ikonoklasta & Conductor]
Quantas vezes posso fazer isto sem o êxito dar a fruta ?
-Nenhuma, bateste na rocha, cale a boca, assuma
-Eh, essa foi dura, mas seja feita a sua vontade
Vou dar-lhe fuga, fica só com o instrumental
[Verso 2: Ikonoklasta]
Ei mano, desculpa, sei que 'tou a ser chunga
E se e continuas sintonizado só te pesso, não futuca
Porque é a música que me liberta da minha angústia
Padeço de vida e esta doença não tem cura
Seduzo páginas virgens p'ra engravida-las com linhas e contempla-las tomar a forma das macas que me aflingem
É egoísta, não é sempre feito com o mesmo amor
Por isso me pronuncio a favor do aborto
O exércicio de ser pai de um texto torto
É um sacrifício, por isso muitos são condenados ao monfo
E acreditem, não são poucos os arquivos gordos e densos eu tento fazer
Sou bom mas o bom não tem sempre talento
Penso ser culpado de deflorestação
Porque escrevo p'ra caralgo, só aproveito fração
Então aceito ser julgado e cilindrado
Porque só quando sou criticado é que avanço
O elogio entorpece o espírito criativo
Adormece o olho crítico, apodrece gente humilde
É um teste permanente aos teus princípios
Que convertes lentamente em compromissos
Ha, não posso mais ser assistente passivo em agonia
Dá-me náuseas, asia injusto isso e todavia
Quanto mais digo menos faço, e a mais cruel ironia
Que o egoísmo que escurraço é o mesmo que me vitima
Sou do que vê e tem lágrimas, só varia crianças em África
Mas choro em casa diante da caixa que fala
Monótona e apática, hipnotiza e extrai a alma
Por isso é que na Europa não vês gente, vês fantasmas
Aprender é lindo mas magoa
Eu quero estar sozinho, já não gosto mais de pessoas
Como posso explicar isso a quem me ame e se inporta
Cada vez mais, materializo e este é um caminho sem volta
Abro a porta, frustração, a da convicção se tranca
Por falta de coragem, de graça, de pujança
Só espero ter a fibra p'ra aguentar a purrada
E nunca me render a covardia de flertar com uma bala
( Ikonoklasta )
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