Song: Escreva Apenas Escreva
Year: 2017
Viewed: 14 - Published at: 10 months ago

Ainda sou o mesmo, ainda estou no mesmo lugar
Pelo mesmos motivos, assim pretendo continuar
Assim pretendo prosperar no que escolhi acreditar
E na hora certa proverá o necessário pra alcançar

Pela arte do verso poder expandir horizontes
Ver hoje o sucesso do que era só sonho ontem
Fiz desse processo minha arma pra estar no fronte
Então sou réu confesso por ter feito rima de monte

Mas ainda falta muito pra alcançar o objetivo
Porque meu intuito é ter razão pra estar vivo
Me faço astuto pra escolher certo os motivos
E por isso luto, ser notado é o alívio

Se ainda me vejo ativo é por puro amor à causa
O que fiz me tirou do coma, hoje sinto que tenho asas
Feliz por somar na soma, meu peito se põe em brasa
Se sumo aos olhos alheios, assumo que me atrasa

Porém essa é a sina do versador que é diferente
Mente assassina do que de ruim vem pela frente
E nessa chacina disparo verso contundente
Mas têm certas tristezas que não cabem dentro da gente
Invisível ou atraente, expresso raiva e amor
Frente à essa gente tento provar o meu valor
Sigo ainda crente que entenderão o que eu sou
Porque meu dom é fazer verso, seja ele como for

[refrão]:
As mãos cansadas estão trêmulas atrás da ideia certa
Mas a indiferença é o veneno pro poeta
Quando a voz da incapacidade diz: "Não se atreva!"
Algo diz: "Maumau escreva, apenas escreva"

E eu escrevi minha versão dos fatos
E descrevi minha aversão aos ratos
E consegui em meio aos meus relatos
Perceber, negar a si é como um auto-desacato

Sigo soterrado nesses dogmas vazios
Sou todo errado, vejo a vida por um fio
Sofro calado, quando gritei, quem ouviu?
Pensamentos sagazes e sentimentos no cio

De canto olho a cidade, sei que ela não me vê
Colho nela umas verdades e me ponho a escrever
A indiferença traz descrença, mas o que posso fazer
Se me propus ser diferente, então é isso que vou ser
Já gritei aos quatro cantos das paredes desse quarto
Já falei sozinho, mas disso tudo já tô farto
Sei que meu caminho é no verso tomar de assalto
Sujeito bom versador, não sou santo, também combato

Tentando não ser boato, descarrilho ou descarrego
Mas pra não perder o brilho no trilho eu não sossego
À luta nunca me nego, agrego força à conduta
De ego jamais me cego, sigo sagaz na disputa

Fazendo de forma astuta essa obra virar real
Traço um dia após o outro atrás do feliz final
Mas nesse destino incerto, só uma coisa eu posso crer
A palavra já se tornou minha maldição e meu poder

[refrão]:
As mãos cansadas estão trêmulas atrás da ideia certa
Mas a indiferença é o veneno pro poeta
Quando a voz da incapacidade diz: "Não se atreva!"
Algo diz: "Maumau escreva, apenas escreva"

( Maurcio Morriz )
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