Song: Tempestade
Artist:  Korvus
Year: 2021
Viewed: 53 - Published at: 9 years ago

[Verso 1]
Traz a caneta po' ringue pa' que eu te arrume
Eu afundo-te num buraco fundo
Sem tangas assume-te e traz lume boy
Vais sufocar com o fumo então traz o teu cardume
Pa' sentirem o perfume e verem como o assunto mói
A cabeça já dói, o mundo roda e tu tás paranóico
Afunda as mágoas em bafos num joint
Enquanto o mundo se destrói
Morre o herói pa' que o covarde viva
Numa história mal contada daquele que mais tarde vinha
Mas não lhe convinha
Aparecer na hora de partida porque à partida aspirou subir na vida
Mas como em qualquer subida na volta há uma dеscida
Então cuidado onde caminhas não vá tropeçares na ida
Tou a pеnsar na saída antes que esta porta se feche
E num desfeche sem introdução
Eu vejo que não falta quem se queixe
Sem razão ou sem noção nos eixos, na cabeça têm um seixo
E à pala de um desleixo pela boca morre o peixe
Por isso eu fecho-me e não deixo que ninguém se aproxime
Segue o contexto do meu texto digo mais do que o que rimo
Não preciso de um pretexto para querer estar sozinho
Há quem deseje que eu baixe o queixo e me subestime
Cinco sentidos, eu tenho o sexto e alucino
Sobe a serra até ao cimo e toca o sino
Avisa o povo que o sermão hoje é cedinho
Traz tremoços e um bom vinho
E se te fizeres ao caminho
Não te aconselho a ir sozinho
Entra no bote e aperta o cinto que tão cedo não se para
O tempo dispara a gente nem repara até que dá de cara
Dizem que o que o tempo juntou ninguém separa
Mas prepara-te porque é rara a vez que alguém te ampara
[Refrão]
Quando cais no escuro nenhum porto é seguro, brotha
O vento quebra o mastro, a maré leva o barco ao fundo
Então agarra-te ao futuro, parte a porta salta o muro
Não é uma tempestade que te leva ao fim do mundo

Quando cais no escuro nenhum porto é seguro, brotha
O vento quebra o mastro, a maré leva o barco ao fundo
Então agarra-te ao futuro, parte a porta salta o muro
Não é uma tempestade que te leva ao fim do mundo

[Verso 2]
Então quando cais no escuro não dês 'pa duro e observa
O coveiro a cavar bem fundo só se enterra e desespera
A morte espera pelo mais puro e tudo o que prospera
Assim que se revela sujeita-se a ir de vela ela não espera
Dá à perna
Neste inferno a fera corre muito mais do que eu esperava
Enquanto houver fôlego foge pa' que não sejas apanhado
Ferro e fogo a dar no corte até que não te sobre nada
Assim nem força foco e fé te levarão a algum lado
Ou então estou errado, não dá pa' tar sempre certo
Também não dou pa' esperto
Mantenho a minha sombra por perto
E eu não nego que tou entregue ao meu cérebro
E confesso que de nada serve se é incerto
Então segue-te pelo cego que vê mais do que deve
Assim que eu entro o barco treme
Só se salva quem consegue
Agarra o leme ou então perde-te
E eu só peço que o sucesso não me cegue
Pa' que eu traga rap de peso mas continue de alma leve
Não é pa' quem quer nem pa' quem tudo perde
Porque puto eu parto tudo sem truques e quem curte
No fundo sabe pa' que lado o puto tende
Então entende que o percurso não é curto
E confunde-te até tu ficares maluco porque
[Refrão]
Quando cais no escuro nenhum porto é seguro, brotha
O vento quebra o mastro, a maré leva o barco ao fundo
Então agarra-te ao futuro, parte a porta salta o muro
Não é uma tempestade que te leva ao fim do mundo

Quando cais no escuro nenhum porto é seguro, brotha
O vento quebra o mastro, a maré leva o barco ao fundo
Então agarra-te ao futuro, parte a porta salta o muro
Não é uma tempestade que te leva ao fim do mundo

( Korvus )
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