O meu destino é simplesmente andar p’lo mundo
Pode não ser profunda esta tarefa que me escolhem, em que me acolhem
Onde tudo dura um segundo
A minha vida é simplesmente ler poemas
Filmes de cinema com finais já conhecidos, fazer ruídos
Para ouvidos incompreendidos, numa tentativa de atenção
Incaracteristicamente falando eu gosto
E o gosto dos outros, se é bom gosto, é meu também
Se ouvir ensina eu aprendo mais do quе é preciso
Sem ter quе dar lições pra ninguém
Insuspeitamente falando até aposto
Virão melhores dias do que o dia que aí vem
Mas sem degraus uma escada é parede e não caminho
Valem pelo uso que eles têm
A minha vida é terreno fronteiriço
Onde o dia acaba e a noite continua, pesada e nua
Queimando seu fogo mortiço
A minha vida é de versos e reversos
Propósitos imersos sob o manto da rotina, que recrimina
Qualquer impulso que lhe fuja ao braço
Por ter medo dos que o seguirão
Incaracteristicamente eu contribuo
P’ra qualquer conluio que faça frente à razão
Se serão bons é coisa que ainda ninguém sabe ao certo
Mas decerto piores não serão
Mas inequivocamente haja a lembrança
Que são más as mudanças para a mesma tradição
Qualquer destino é melhor do que o de um saltimbanco
Que anda sem nunca ter o seu chão
Pode não ser profunda esta tarefa que me escolhem, em que me acolhem
Onde tudo dura um segundo
A minha vida é simplesmente ler poemas
Filmes de cinema com finais já conhecidos, fazer ruídos
Para ouvidos incompreendidos, numa tentativa de atenção
Incaracteristicamente falando eu gosto
E o gosto dos outros, se é bom gosto, é meu também
Se ouvir ensina eu aprendo mais do quе é preciso
Sem ter quе dar lições pra ninguém
Insuspeitamente falando até aposto
Virão melhores dias do que o dia que aí vem
Mas sem degraus uma escada é parede e não caminho
Valem pelo uso que eles têm
A minha vida é terreno fronteiriço
Onde o dia acaba e a noite continua, pesada e nua
Queimando seu fogo mortiço
A minha vida é de versos e reversos
Propósitos imersos sob o manto da rotina, que recrimina
Qualquer impulso que lhe fuja ao braço
Por ter medo dos que o seguirão
Incaracteristicamente eu contribuo
P’ra qualquer conluio que faça frente à razão
Se serão bons é coisa que ainda ninguém sabe ao certo
Mas decerto piores não serão
Mas inequivocamente haja a lembrança
Que são más as mudanças para a mesma tradição
Qualquer destino é melhor do que o de um saltimbanco
Que anda sem nunca ter o seu chão
( Anaquim )
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